Em Dublin, o julgamento civil contra Conor McGregor, estrela do UFC, chegou à fase de argumentos finais nesta terça-feira. Os advogados apresentaram suas considerações finais ao júri sobre as acusações feitas por Nikita Hand. Ela afirma que McGregor e outro homem, James Lawrence, mantiveram relações sexuais com ela sem consentimento enquanto ela estava drogada, em dezembro de 2018.
Hand relatou que o incidente aconteceu em um hotel após uma noite de festa. Embora as acusações criminais não tenham avançado, ela moveu uma ação civil em 2021. O julgamento, que está em sua nona sessão, deve continuar na quarta-feira.
Depoimento de McGregor
McGregor testemunhou ao longo de dois dias, negando veementemente as acusações, chamando-as de "mentiras". Ele admitiu o uso de cocaína próximo ao momento do suposto incidente, mas afirmou que a relação foi consensual e não planejada, apesar de ter reservado o quarto de hotel.
Questionado sobre ter respondido “sem comentários” a cerca de 150 perguntas feitas pelas autoridades irlandesas durante a investigação, McGregor disse que seguiu orientação de seus advogados por estar "apavorado". Ele também negou a acusação de que Hand teve que remover um absorvente interno com ajuda médica após o encontro.
Depoimento de James Lawrence
James Lawrence, co-réu no caso, negou o uso de drogas na noite em questão e afirmou que sua interação com Hand foi consensual. Ele descreveu momentos íntimos no quarto ao lado e disse que Hand parecia estar em um clima de descontração e não mostrou sinais de desconforto ou sofrimento.
Lawrence admitiu ter tido relações sexuais com Hand, o que ela diz não lembrar. Imagens de câmeras de segurança mostraram momentos de afeto público entre os dois, mas Hand alega que estava alcoolizada e foi manipulada.
Argumentos finais
Na fase final, o advogado de McGregor, Remy Farrell, pediu ao júri que baseasse sua decisão nas evidências, destacando falhas na memória de Hand e testemunhos que contradiziam sua versão, como o de Danielle Kealey, colega de trabalho de Hand.
O advogado de Lawrence, John Fitzgerald, argumentou que seu cliente não buscava atenção pública e negou qualquer conspiração para fazer de Lawrence um "bode expiatório".
Já John Gordon, advogado de Hand, reafirmou as acusações de que sua cliente foi violentada e destacou depoimentos médicos que apontam sinais de trauma físico e psicológico, incluindo transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).
Hand busca uma indenização entre $1,79 e $2,13 milhões para cobrir perdas financeiras, mudança de residência e despesas médicas. O julgamento continuará nesta quarta-feira.
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